Início do Mês de Imunização Indígena
No dia 13 de abril, o Ministério da Saúde dá partida ao Mês de Vacinação dos Povos Indígenas, uma iniciativa que visa aumentar a proteção contra doenças em comunidades indígenas, especialmente naquelas localizadas em áreas remotas. A campanha, que se estenderá até 12 de maio, pretende alcançar cerca de 130 mil indígenas distribuídos em 992 aldeias.
Cobertura Nacional e Logística de Vacinação
Este esforço nacional cobrirá os 23 distritos sanitários especiais indígenas (DSEI), que estão espalhados por todas as cinco regiões do Brasil. Um total de 240 mil doses de vacinas serão disponibilizadas, abrangendo todos os imunizantes previstos no Calendário Nacional de Vacinação. Mais de 2.500 profissionais de saúde estão mobilizados para esta grande operação, que enfrenta desafios devido à dificuldade de acesso a muitas das áreas alvo.
Estrutura e Serviços de Saúde Ampliados
Em um evento especial realizado na Aldeia Kuahi, na Terra Indígena Uaçá, perto de Oiapoque no Amapá, a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, assinou uma ordem de serviço para o início da construção de uma unidade básica de saúde indígena (UBSI) na Aldeia Espírito Santo. Este novo centro de saúde está planejado para beneficiar diretamente 708 pessoas.
Durante a campanha de vacinação, haverá a distribuição de 2.7 mil doses rotineiras de vacinas, além de 1.140 doses específicas contra a COVID-19. A lista de vacinas inclui BCG, febre amarela, tríplice viral, e muitas outras essenciais.
Assistência Médica Integral
O Ministério da Saúde também anunciou que serão oferecidos serviços adicionais de saúde durante a campanha. Isso inclui atendimento odontológico, distribuição de medicamentos, serviços de fisioterapia, psicologia e assistência social, além de testagens rápidas para doenças como malária e orientações sobre prevenção de dengue.
Avanços em Conectividade
Como parte das melhorias infraestruturais, está prevista a instalação de antenas para internet de alta velocidade em 12 locais, incluindo várias aldeias e postos de saúde. Essa conectividade é crucial para o suporte às operações de saúde e comunicação nas comunidades indígenas.
Cooperação Transfronteiriça em Saúde
Além disso, a Ministra Nísia Trindade assinará um contrato para a criação do Centro Transfronteiriço de Vigilância em Saúde entre o Amapá e a Guiana Francesa. Um novo laboratório de fronteira também será construído, fortalecendo a região contra surtos e epidemias de doenças transmissíveis, com um foco especial em melhorar o monitoramento e a troca de informações entre os dois países.
Essa campanha é um passo significativo do governo brasileiro no fortalecimento da saúde pública e no suporte às suas comunidades indígenas, reconhecendo suas necessidades específicas e contribuindo para a saúde global da população.
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